Tratamento
da Hipertensão Arterial
Hoje não se discute mais a eficácia
do tratamento no controle da Hipertensão Arterial. O paciente tratado
convenientemente está protegido das complicações enquanto
a doença estiver sobre controle.
Seu tratamento envolve vários aspectos:
mudanças dietético comportamentais e medicamentoso(3-4-5).
Estas mudanças incluem a correção
do peso corporal, aumento da atividade física, moderação
da ingesta de bebida alcóolica, abandono do fumo, diminuir a ingesta
de sal e gorduras manter a ingesta satisfatória de Potássio,
Cálcio e Magnésio e técnicas de relaxamento, controle
de doenças concomitantes como o Diabete Melito e a dislipidemia(2,3).
Como vimos acima a maioria das recomendações
envolve modificações dietéticas. Nem sempre o médico
está preparado para fazer uma orientação adequada
quanto a alimentação. A ênfase no tratamento oferecido
pelo médico é o farmacológico, negligenciando os outros
componentes do tratamento.
A importância na dieta no tratamento
da Hipertensão Arterial é inquestionável, no MEDLINE*
nos últimos dois anos formam publicados 626 artigos sobre o tema.
A dieta como único recurso terapêutico,
também mostrou ser eficaz. Em um estudo randomizado controlado de
acompanhamento por 4 anos se observou que os hipertensos que abandonaram
o tratamento farmacológico e mantiveram a dieta a pressão
arterial voltou a subir em 60% ao final dos 4 anos, enquanto que aqueles
pacientes que abandonaram a medicação e retornaram aos velhos
hábitos alimentares 90% tiveram sua pressão elevada.(6)
A Equipe
O volume de informações na
área médica é enorme não é possível
que um único profissional de saúde no caso o médico,
detenha todo o conhecimento necessário para oferecer o melhor tratamento
a seus pacientes. Hoje é preferível que se trabalhe em equipe,
o paciente hipertenso não é exceção.
No III Consenso Brasileiro de Hipertensão
Arterial(2) é dito textualmente:
“A equipe multiprofissional pode
e deve ser constituída por profissionais que, de uma forma ou de
outra, lidem com pacientes hipertensos. Médicos, enfermeiros, técnicos
de enfermagem, auxiliares de enfermagem, nutricionistas, psicólogos,
assistentes sociais, professores de educação física,
farmacêuticos e, inclusive, funcionários administrativos e
agentes comunitários em saúde podem integrar a equipe”.
A participação da nutricionista
na
equipe consiste em:
-
consulta de nutrição: avaliação
nutricional e de hábitos alimentares;
-
educação nutricional individual
e em grupo;
-
prescrição de dietas, resguardando
aspectos socioeconômicos e culturais;
-
criação de modelos que possibilitem
a implementação dos conhecimentos alimentares e nutricionais,
em consonância com as recomendações para os pacientes
hipertensos, traduzidas em preparações alimentares saborosas
e práticas.
Conclusão
Como vimos a modificação
dos hábitos alimentares não é tão simples assim
e muito do fracasso do tratamento passa por uma falta de orientação.
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